O SindHBR

A história do SindHBR

Em 2005 o empresário do ramo de hotelaria, Rubens Pinto Pinheiro, sentiu a necessidade de aglutinar o grupo de empresários Itajubenses do setor de hospedagem com o objetivo de conhecê-los e criar uma integração do setor.

O primeiro apoio veio da Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Itajubá que disponibilizou espaço e recursos humanos do Programa Capacitar para organizar as reuniões, convocar os empresários e criar a atmosfera necessária para o crescimento do grupo.

A medida que as reuniões se sucediam, novas ideias apareciam e daquela integração e  congraçamento, discutia-se formas que pudessem defender os interesses comuns do setor, políticas de incentivo ao turismo e outras formas de fortalecimento.

Nas reuniões se divulgava matérias de interesse, promovemos cursos, conferências, palestras e treinamentos para o desenvolvimento dos empresários e da mão de obra para o setor, entre outras.

Em 2008, Rubens como coordenador deste grupo resolveu criar uma Associação e no desenvolvimento do estatuto, entendeu que seria mais adequada a criação diretamente de um sindicato, pois este além de representar o segmento na sociedade ainda teria a representação junto ao Ministério do Trabalho, área que demandava cuidados em função exatamente dos problemas críticos vividos pelos empresários no relacionamento com a justiça trabalhista.

Ao avaliar esta situação, Rubens viu que precisava também aglutinar o grupo de proprietários de restaurantes e bares. Marcou uma reunião com um antigo grupo de empresários deste setor junto com hoteleiros e apresentou a proposta que foi imediatamente aceita.

Assim, o Núcleo de Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares criado, era  uma simbiose de dois grupos de trabalhos do Programa Capacitar, cujo objetivo era desenvolver atitudes, ferramentas e maneiras que pudessem  trazer benefícios para setor e principalmente para os profissionais que nele atuavam.

A partir desta data o grupo começou a trabalhar e se reunir em conjunto, empresários de hotéis, bares e restaurantes, que representavam pelos  menos 90% dos mais importantes empresários do setor.

Registra-se que por várias vezes, desde 2004, Rubens participou de reuniões junto com o Sindicato Patronal de São Lourenço nas negociações com o sindicato laboral, levando suas reivindicações e as do setor hoteleiro de Itajubá e mais tarde tentando conseguir apoio para atividades do Núcleo de Hotéis, Bares e Restaurantes. Fato é que o Sindicato Patronal de São Lourenço nunca deu a menor importância e apoio ao trabalho que vinha sendo realizado em Itajubá. Aquele sindicato se preocupava tão somente com a arrecadação das contribuições sindicais sem nunca ter feito nada em prol de nossos empresários. Deve-se considerar ainda que as políticas por ele adotadas beneficiavam tão somente os hoteleiros de São Lourenço, cidade notoriamente com um perfil turístico totalmente diferente das nossas cidades, o que penalizava sensivelmente os empresários do segmento em nossa região.

Em 22 de dezembro de 2009, no auditório da Associação Comercial, com a presença dos principais empresários do segmento, dos presidentes da Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Itajubá – ACIEI e da Câmara dos Dirigentes Lojistas – CDL,  da Secretária Municipal de Ciência e Tecnologia do Município e de convidados, realizou-se a Assembleia de Constituição do Sindicato Patronal de Hotéis Bares e Restaurantes de Itajubá, onde foi eleita a sua primeira diretoria.

Fotos da assembleia de constituição do SindHBR – 22/12/2009

Nos meses que se sucederam foi aberto a empresa com registro no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas, preparada toda a documentação para registro do sindicato junto ao Ministério do Trabalho e Emprego e em 19/10/2010 foi dado a entrada na documentação para registro no Cadastro Nacional de Entidades Sindicais – CNES.

Na definição do território, o grupo considerou todas aquelas cidades que tinham Itajubá como cidade polo e outras da rota tecnológica. Também, para que não tivéssemos discussões com mais de um sindicato patronal, optamos por colocar somente cidades pertencentes ao território do Sindicato de São Lourenço, e desta forma ficou assim definido o nosso território: Itajubá, Maria da Fé, Marmelópolis, Delfim Moreira, Wenceslau Braz, Piranguçu, Piranguinho, Brazópolis, Paraisópolis, Sapucai Mirim, Gonçalves, Cachoeira de Minas, Conceição dos Ouros, Santa Rita do Sapucaí, São José do Alegre, Pedralva,  Cristina e Conceição das Pedras.

Com a entrada de toda a documentação no Ministério do Trabalho e acompanhamento do processo iniciaram-se as disputas com outras cidades que também tentando criar seus sindicatos demandavam disputas pelas mesmas cidades. Estas demandas exigiam apoio jurídico, quando então procuramos a Federação de Hotéis Bares e Restaurantes de Belo Horizonte – Fhoremg, que nos deu todo apoio. Daí para a frente foi uma questão de tempo e trabalho jurídico para interpor os questionamentos.

Em meados de 2014 a Federação Nacional de Hotéis e Alimentação do Rio de Janeiro – FNHA, procurou-nos oferecendo apoio, quando então descobrimos que todo o território ligado ao Sindicato Patronal de São Lourenço na realidade não estava ligado mais aquele sindicato e sim a federação, ou seja, tratava-se de uma área desorganizada e conseguimos deles uma procuração para negociarmos a convenção de todo o nosso território diretamente com o sindicato laboral. Desta forma, iniciamos a negociação com o Sindicato Laboral de São Lourenço.

Como se tratava de nossa primeira negociação, era nossa filosofia tentar iniciar do zero o que provocou uma enorme reação do Sindicato Laboral, que por diversas vezes ameaçou largar a negociação e fazê-la diretamente com a Federação Nacional e não mais com o SindHBR.

Tudo mudou quando em 30 de março de 2015 saiu o registro sindical do SindHBR. Daí para a frente as coisas ficaram mais fáceis, pois o laboral já não tinha outra solução que não sentar a mesa e negociar. Esta primeira negociação levou cerca de 10 meses e somente em agosto de 2015 chegamos a um acordo. Estava vencida a primeira etapa. Conseguimos uma negociação favorável para os empresários do nosso segmento, mudando sensivelmente vários tópicos que penalizavam nossos empresários. Dali para a frente o mais importante era a manutenção e aprimoramento daquela convenção.

O SindHBR vem então desde 2015, firmando convenções coletivas – CCT’s, com o SINETH – Sindicato dos Empregados em Hotéis, Hospitalidade, Turismo, Bares, Restaurantes e Similares de São Lourenço e Região de Minas Gerais e a partir de 2018 com o Sindechsul – Sindicato dos Empregados no Ramo de Comércio, Hotelaria, Bares, Restaurantes, Churrascarias, Hotéis Fazendas  e similares do Sul de Minas.

O SindHBR como todo sindicato patronal sofre de um problema comum que é a falta de recursos. Somente um grupo reduzido de empresários acreditam e apostam que investir na união e no fortalecimento da classe é benéfico para todos. Praticamente em todo o país, os sindicatos patronais são fruto de um trabalho de um grupo reduzido de voluntariosos que acredita no associativismo.

Vale lembrar que vivíamos neste período um governo de esquerda, que de forma totalmente diferente do que fazia para os empregados, não movia nenhum esforço para organizar o setor patronal. A organização do setor patronal em todo o país se deu por iniciativa de grupos de pessoas que entendiam que isto era importante para o projeto de desenvolvimento do segmento e da cidade, onde investiam de forma totalmente voluntária seu tempo e esforço neste trabalho, atitude esta, totalmente diferente da laboral que tinha recursos do governo para seu desenvolvimento, onde o trabalho era bem remunerado.

O grupo de empresários que atua no SindHBR é o mesmo que atua no Conselho Municipal de Turismo, que também institucionalizou aquele conselho e vem atuando junto ao poder municipal na geração de leis e políticas de turismo de forma a desenvolver o setor e o plano de desenvolvimento de toda a região.

O SindHBR entra agora numa outra era de sua vida. Iniciando um trabalho de apoio a seus associados na realização de convênios e apoio jurídico, além de treinamentos e formação de pessoal do setor. É o setor organizado trabalhando no desenvolvimento do município.

Abaixo o grupo de empresários do setor de hotelaria que deu início a este projeto.

Helena (Hotel Coroados), Osmar Tomé (Grande Hotel Itajubá), Amilcar (Hotel Centenário), Rubens (Motel Status), Krauss (Hotel Cenzala), Margarida (Hotel A Modelar), Duda (Itajubá Flat) e Luciana (Hotel Amantikir)